Chegamos a mais um dezembro.... Acho dezembro tão melancólico, não sei se é por ser meu inferno astral, mas sinto um desacelerar de energia, e é quando baixamos o ritmo que podemos pensar no que passou.
O ano letivo de 2010 acabou. Para 99% dos alunos, pelo menos, acabou. Agora ficam os que precisam recuperar notas. Mas o que poucos entendem é que neste momento, não são apenas notas que devem ser recuperadas. Estas semanas são uma oportunidade única que os alunos têm de ficar quase a sós com os professores, e deles sugar tudo o que eventualmente perderam ao longo do ano.
Em fevereiro eu digo a eles sempre a mesma coisa: Esforcem-se agora, pois em dezembro ninguém mais aguenta estudar, e a recuperação fica difícil de aguentar. Até rima... Mas chegam agora, precisando se concentrar, mas com a cabeça nas férias. Ninguém tem mais pique... E pique é do que eles mais precisam agora.
Gostaria que os alunos entendessem esta oportunidade. Recuperação não é só uma prova. É quase aula particular. É momento de tirar dúvidas restantes, de se focar em apenas uma matéria (ou mais....) e de mostrar um serviço que não mostrou em um ano todo.
É suficiente?
Não. Não é. A recuperação é feita ao longo do ano, e os que passaram sem essa recuperação final, é por que aproveitaram as outras, bimestrais e contínuas para recuperar pouco a pouco. E isso funciona. É ilusão acreditar que em 2 semanas se recupera um ano. Mas pelo menos é mais uma chance de mostrar empenho e ganhar um fôlego para seguir adiante. Até por que o ano seguinte é sempre mais difícil, e sem o pique, o aluno começa atrasado.
Portanto, alunos, respiremos fundo! Vocês e nós! A recuperação é nossa, e devemos caminhar juntos.
Força na peruca e apostila na mão!
Para os outros, boas férias e descansem muito!!!
Até fevereiro!
Um beijo carinhoso
Tati
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Texto para os pais
Segue abaixo texto que escrevi para os pais da escola.
Esse é um dos questionamentos mais comuns dessa geração de pais e um dos temas mais recorrentes entre os estudiosos de educação. Por que nossos jovens leem tão pouco?
A questão, na verdade, deveria ser “por que o brasileiro jovem ou adulto lê tão pouco?” Se compararmos a média de livros lidos por ano entre nós e outros países, por exemplo, teremos uma crise de vergonha: Brasil 4,7 livros/ ano X Países nórdicos 15 livros/ano. E é nesse ambiente que crescem nossas crianças. Agora faça uma pergunta a você mesmo: quantos livros leu em 2010? O que está lendo agora? Não vale computar revistas, jornais e material obrigatório para o trabalho. O que você leu pelo simples prazer de ler?
Esse hábito seu passa a seu filho. Pais leitores têm filhos leitores, e tal premissa é comprovada pelos estudos. Também é comprovado que a escola sozinha não tem condições para contribuir para que a criança tenha prazer em ler.
“Ah, mas eu já leio tanta coisa no meu trabalho, na internet, que quando descanso quero mais é um bom filme, um pouco de TV, e não ler”. Está aí. É essa postura que nós, educadores, temos percebido nos jovens. A leitura funcional do dia-a-dia é confundida com a leitura estética, feita pelo simples prazer de ler. Leitura essa que nos faz imaginar, tomar pele de personagens, e com eles compartilhar sentimentos. Identificarmo-nos com a arte da literatura nos forma como seres humanos, aprimora nossa capacidade de empatia e, claro amplia nossa cultura. Já temos informação demais, o que nos falta é conhecimento e sensibilidade. E isso um bom livro nos dá.
Estou escrevendo esse texto por um motivo específico como professora de português do Fundamental II nessa escola, percebi a falta de procura pelas duas oficinas (Meu livro, minha arte! e Senta que lá vem a história) relacionadas à leitura que as professoras oferecerão na Festa do Sorvete. Até hoje, nenhuma inscrição...
Vejo essa falta de interesse pelo tema como um forte indicador de hábito de leitura da maioria dos alunos.
A maior parte deles chega até a escola lendo apenas por obrigação, com poucas habilidades estéticas e de interpretação. Tal dificuldade será fatal no ensino médio, quando eles serão apresentados aos livros clássicos da nossa literatura , e mais pesada ainda ao se tornarem adultos com obstáculos no que se refere à aquisição de cultura.
“Ah, mas que exagero! Meu filho não tem nem 10 anos e ela já está falando de Ensino Médio”. Pode ser, mas não é apenas isso. Estou propondo uma nova perspectiva na educação de nossas crianças, na nossa própria construção humana, em que a arte (e a literatura é uma delas) não se deixa abater pela tecnologia, em que a informação passageira não ganha do conhecimento sólido e principalmente, que a superficialidade não vence a imaginação.
Um abraço a todos
Professora Tatiana
Meu filho não lê, e agora?
Esse é um dos questionamentos mais comuns dessa geração de pais e um dos temas mais recorrentes entre os estudiosos de educação. Por que nossos jovens leem tão pouco?
A questão, na verdade, deveria ser “por que o brasileiro jovem ou adulto lê tão pouco?” Se compararmos a média de livros lidos por ano entre nós e outros países, por exemplo, teremos uma crise de vergonha: Brasil 4,7 livros/ ano X Países nórdicos 15 livros/ano. E é nesse ambiente que crescem nossas crianças. Agora faça uma pergunta a você mesmo: quantos livros leu em 2010? O que está lendo agora? Não vale computar revistas, jornais e material obrigatório para o trabalho. O que você leu pelo simples prazer de ler?
Esse hábito seu passa a seu filho. Pais leitores têm filhos leitores, e tal premissa é comprovada pelos estudos. Também é comprovado que a escola sozinha não tem condições para contribuir para que a criança tenha prazer em ler.
“Ah, mas eu já leio tanta coisa no meu trabalho, na internet, que quando descanso quero mais é um bom filme, um pouco de TV, e não ler”. Está aí. É essa postura que nós, educadores, temos percebido nos jovens. A leitura funcional do dia-a-dia é confundida com a leitura estética, feita pelo simples prazer de ler. Leitura essa que nos faz imaginar, tomar pele de personagens, e com eles compartilhar sentimentos. Identificarmo-nos com a arte da literatura nos forma como seres humanos, aprimora nossa capacidade de empatia e, claro amplia nossa cultura. Já temos informação demais, o que nos falta é conhecimento e sensibilidade. E isso um bom livro nos dá.
Estou escrevendo esse texto por um motivo específico como professora de português do Fundamental II nessa escola, percebi a falta de procura pelas duas oficinas (Meu livro, minha arte! e Senta que lá vem a história) relacionadas à leitura que as professoras oferecerão na Festa do Sorvete. Até hoje, nenhuma inscrição...
Vejo essa falta de interesse pelo tema como um forte indicador de hábito de leitura da maioria dos alunos.
A maior parte deles chega até a escola lendo apenas por obrigação, com poucas habilidades estéticas e de interpretação. Tal dificuldade será fatal no ensino médio, quando eles serão apresentados aos livros clássicos da nossa literatura , e mais pesada ainda ao se tornarem adultos com obstáculos no que se refere à aquisição de cultura.
“Ah, mas que exagero! Meu filho não tem nem 10 anos e ela já está falando de Ensino Médio”. Pode ser, mas não é apenas isso. Estou propondo uma nova perspectiva na educação de nossas crianças, na nossa própria construção humana, em que a arte (e a literatura é uma delas) não se deixa abater pela tecnologia, em que a informação passageira não ganha do conhecimento sólido e principalmente, que a superficialidade não vence a imaginação.
Um abraço a todos
Professora Tatiana
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Feira Cultural
Chegou finalmente o dia... O trabalho de um ano, transformado em produtos de projetos de sala. Quem acompanhou o blog sabe o trabalho que os alunos tiveram, estudando conteúdos e produzindo a exposição linda que foi um sucesso.
A sala da Emília no País da Gramática e da Aritimética foi montada no refeitório, onde penduramos fios de pesca com letras e números. Foi um trabalhão, mas nossos "handymen" deram conta!!
Pausa para o lanche.
Fê Matsunaga montando o canto da matemática. Nada melhor que trabalho interdisciplinar!!
João Victor, nossa grande surpresa na montagem! Dedicação total, e às 8 da manhã já estava na feira, para recuperar o que a chuva machucou...
Meninos com a Pro Paula, de matemática!
Enquanto isso, na sala dos contos.... Mais fio de pesca para pendurar os morcegos do terror e os desafios do conto de fadas! A brincadeira de empurrar o armário também rendeu, não foi, meninos?
Larissa montando a frente do castelo com as caixinhas de pasta de dentes, amparada pela diretora Maria Inês, e a Carina, carregando a linda Helena na barriga!
O Igor lá no fundo já se espreguiçava, mas o trabalho seguia!
O Luca, Pedro e Igor pendurando os sapos, que faziam parte dos desafios da Floresta Encantada... Ou melhor, desencantada...
O primeiro turno! Velho e velha da floresta, ajudantes dos sapos, dos textos em inglês, Mestre de Cerimônias e Reia e Rainho...
Ao lado, a sala dos contos de terror. Textos expostos, Matheus de Morte assustando cada um que entrava e os 3 melhores textos, selecionados pela turma, prontos para o funeral, no caixão...
Escolha seu caminho...
Os velhos da floresta, ajudando os visitantes a passar pelos 3 desafios.
Que belezinha... Gustavo foi super espírito esportivo, topou a brincadeira e até as unhas dos pés ele pintou!!
O Leo ajudando os visitantes com os textos em inglês e o Luca os levando às Suas Majestades.
Gui e Rafa ajudando nos sapos, com testes sobre Contos famosos.
A árvore do Gerson, de Matemática, feita com garrafa pet e com informações sobre a decomposição dos materiais!
Bia e Breno no desafio dos adjetivos! Quem achou que ia ganhar biscoito de graça se decepcionou... cada lembrança teve que ser suada...
Mais desafios! Gírias, Soletrando e ao fundo, os jogos de matemática
Nesses eu nem me aventurei...
Decoração das gírias
O que mais me orgulhou foram os comentários dos visitantes sobre os textos. Quem diz que ninguém lê cartaz??? Esses, pelo menos, foram lidos e comentados.
O caixão dos melhores textos.
Bia do 9 ano, fazendo sombra dos visitantes. Drama é com eles mesmo.... Em todos os sentidos...
Sombreando a Carina!
9 ano em cena! Que orgulho!!! Nunca, nunca duvide da capacidade de adolescentes se superarem! Essa foi minha maior lição com esse grupo! Orgulho de ser a paraninfa deles! Obrigada, pessoal!
Arrasaram!!!!!
Público assistindo às peças do 9 ano!
As lápides estão com trechos dos contos deles em inglês.
Fila pro desafio! O desafio final era sortear uma personagem de contos de fadas com um espaço moderno e criar um conto. Os alunos disseram que se divertiram com as histórias criadas! Parabéns, visitantes!
Mãe do Luca sendo guiada por ele no desafio!
Minha foto preferida! Mostra bem a união das duas salas, o terror e a Floresta...
Nosso castelo... Assombrado ou Encantado, it´s up to you...
Já viram bruxas mais lindas???
Bruno organizando o desafio dos adjetivos! Trabalhador, esse menino!
Segundo turno de velho e velha da floresta! Encarnaram super bem, parabéns!!
Essa Reia está com uma cara de braaava....
Juninho de "slaughter!"
O Igor trocou com o Luca no papel de ciceronear os visitantes!
O rosto da Morte....
Teacher Dani de bruxa! Parceirona! É um prazer gigante trabalhar com você!!! Thanks a bunch! Next year, let´s rock and roll them!!!
As máscaras que a Clau fez com os alunos ficaram lindas... Senti-me em Veneza, rsrsrs
Abaixo, alguns lances da sala de ciências, que fez um sucesso enorme!!
Parabéns, Mari!
Aos alunos, parabéns!
Não só pela Feira, ela é apenas um dia de muito trabalho braçal. Mas, principalmente, pelo trabalho do ano todo. Os erros, acertos, dúvidas... cada texto que não saía do jeito que vocês queriam, mas que aos poucos foram lapidados, e ficaram um brinco! Pelos momentos de brainstorm em que as ideias de vocês explodiam e melhoravam ainda mais nosso caminho.
E pelo aprendizado... É por isso que sou professora....
E vambora! De olho no futuro!
Beijinhos a todos
Pro Tati
Deu trabalho...
Se deu...
Mas foi extremamente prazeroso ver cada aluno envolvido, se dedicando e participando muito tanto do processo quanto da feira.
A montagem foi cansativa, e o 6 ano tremeu de madrugada, quando uma chuva forte deixou todos em casa assustados, com medo do tempo ter acabado com nosso trabalho, que ficou no refeitório. Que bom que o estrago foi pequeno, e antes dos convidados chegarem, já estava tudo pronto novamente.
Foto a foto vou explicando melhor, ok?
As máscaras que a Clau fez com os alunos ficaram lindas... Senti-me em Veneza, rsrsrs
Abaixo, alguns lances da sala de ciências, que fez um sucesso enorme!!
Parabéns, Mari!
E agora é recuperar a adrenalina e lembrar que ainda há mais um bimestre pela frente. Curtir os louros mas avaliar os erros. Pensar no que pode ser melhorado para a próxima e seguir aprimorando o trabalho.
Aos alunos, parabéns!
Não só pela Feira, ela é apenas um dia de muito trabalho braçal. Mas, principalmente, pelo trabalho do ano todo. Os erros, acertos, dúvidas... cada texto que não saía do jeito que vocês queriam, mas que aos poucos foram lapidados, e ficaram um brinco! Pelos momentos de brainstorm em que as ideias de vocês explodiam e melhoravam ainda mais nosso caminho.
E pelo aprendizado... É por isso que sou professora....
E vambora! De olho no futuro!
Beijinhos a todos
Pro Tati
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Colegas em Concórdia...
Nosso projeto de cartas está empolgando muito a turma. A nossa e a deles, lá em Concórdia! Nós aqui já recebemos a primeira carta de lá, e estamos respondendo, muito animadamente. A famosa empolgação adolescente já faz com que eles até planejem viagens para lá.....
Algumas fotos seguem para mostrar o quão concentrados na leitura eles ficaram por aqui!
Algumas fotos seguem para mostrar o quão concentrados na leitura eles ficaram por aqui!
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